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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ainda em crise?

Pois é, cá estou novamente convivendo com esta insônia maldita e esses pensamentos assustadores. Eu sou mesmo estranha porque era para eu estar com sonolência e não com insônia. Tudo só acontece comigo.

Já são 3h da manhã e desde ontem que não durmo nadinha,  já tentei de tudo, menos tomar remédios. Mas é sempre assim: penso, logo não durmo. E o pior é que sinto que o bebê está desconfortável com esta situação e eu não sei mais o que fazer.

Como eu estava dizendo, desde ontem entrei em crise e ainda não sai dela e me parece preocupante, pensei na necessidade de um acompanhamento psicológico, mas ao meu bolso é inviável e ao comentar com meus pais recebi respostas ríspidas e negativas como se meu pedido fosse uma acusação ou chantagem. Dá para acreditar? Também o que mais eu podia esperar depois de questionar onde eu iria amamentar e receber a seguinte resposta: -" Na cama. Eu não tenho dinheiro para comprar uma poltrona e essa sua cadeira tem que  sair do quarto logo." E depois complementou: - " Quando você for parir vou jogar esse seu travesseiro nojento fora."

Mas agora a noite entrei em plena reflexão e análise sobre o comportamento da minha família em relação a minha gravidez. E quando digo família me refiro além dos meus pais e irmão, meus tios, tias, primos e primas. Pois bem, sinto uma porção de falsidade daqueles que estão me ajudando, sinto que estão fazendo só ´para ajudar a minha mãe e não a mim e que por trás estão falando mal de mim e do meu filho. E é lógico que a opinião de todos é importante porque tenho a concepção de família grande e unida, onde um ajuda o outro e ajuda na formação sociocultural, psicológica etc.

Senti uma enorme rejeição ou será falta de atenção no meu caso? Tudo bem que faço o tipo carente profissional, mas senti o descaso por parte dos meus parentes mais próximos. Fiquei muito triste em não receber um parabéns ou qualquer questionamento sobre o fato. Simplesmente me ignoraram. E se isso aconteceu, certamente vão ignorar meu filhote também, quando ele nascer.


E meu medo de hoje se resume em: medo do bebê ser considerado o bastardinho.


E é isso que perturba o meu sono (antes fosse a mosca do Raul Seixas). Tenho medo da família rejeita-lo, trata-lo com descaso e desprezo ou ainda serem falsos com a criança. E por que eu penso isso? Porque sou a primeira, entre os 22 netos Cardoso, a ser mãe solteira (família conservadora), porque tenho muitas qualidades e defeitos que todos odeiam em mim e porque ninguém gosta do pai da criança por puro preconceito e falso julgamento.

Como eu disse ontem e continuo a pontuar, tenho medo do futuro desta criança porque não sei o que vai ser de mim e esta merda de mundo é preconceituosa, ríspida e cruel. Digo por pura experiencia, porque sinto na pele, o tempo todo, o preconceito contra mim, por diversas formas, em várias direções. E é extremamente difícil conviver com essa carga de dedos apontados em sua direção e não quero que meu bebê passe por isso, ainda mais por motivos tão ultrapassados.



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