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sexta-feira, 8 de março de 2013

Relato do meu parto

Então... dia 01 de março chegou e às 14h fui com tia Flávia ao consultório de Dr. Carla, que logo me atendeu e foi logo fazendo uma ultrassom. Nossa o resultado foi desesperador porque de 90mm, meu líquido amniótico tinha diminuído para 60mm, a  diferença era muito grande. Ela então resolveu fazer um toque em mim e viu que o bebê já estava encaixado, aí não deu outra, ela me encaminhou pra maternidade!

Passei em casa só pra pegar minha mala e a do Francisco, que já estavam prontas. E fui eu, minha mãe e tia Flávia para a casa de saúde São Geraldo. Chegando lá, logo me deu um friozinho na barriga, uma ansiedade , um medinho. Passei pela parte do convênio onde a bagunça começou. A moça insistiu que não havia quarto pra mim e que eu teria que ficar num leito duplo até um quarto simples desocupar aí lógico que deu uma revolta porque a gente paga caro pelo plano para ter direito ao melhor. Mas aí do nada apareceu um quarto. Nesta confusão toda também pagamos à parte o cateter (R$ 300,00) que foi muito caro, já que meu plano não cobria.

Passado por toda essa burocracia, seguimos para o tal leito 14, onde me mandaram tomar banho e vestir aquele roupão "da bunda de fora" e uma calcinha tão inha que só entrou até os joelhos. Acho que já era quase 17h quando a enfermeira veio me buscar e eu fui logo avisando que queria que minha mãe entrasse comigo, mas ela negou, dizendo que só quem podia entrar era o pai da criança ou algum familiar que fosse da área de saúde e que lá dentro quem tiraria as fotos seria a equipe médica. Aquilo foi me dando uma aflição porque eu sabia dos meus direitos, sabia que por lei eu tinha direito a escolher o meu acompanhante.

Cheguei na sala de pré-parto e logo apareceu um homem branco, musculoso e um tanto arrogante, que sentou numa maca que ficava de frente a que eu estava e começou a fazer as mesmas perguntas que eu já havia respondido na entrevista que fiz com o anestesista, e isso sem se apresentar e nem dizer o que fazia. Nisso ele perguntou meu peso e minha altura e disse grossamente e em tom ofensivo que eu estava com sobrepeso que eu teria que tomar a anestesia rack, como se fosse grande novidade eu ser gorda e como se eu não soubesse que numa cesária a maioria das mulheres tomam a rack. Mas aquilo não era momento de causar bulling em ninguém e nem de ofender.

O homem saiu da sala e eu obviamente comecei a chorar e aí logo depois entraram duas enfermeiras gente fina que me levaram para a sala cirúrgica,  me sentaram na maca e me colocaram na posição para tomar a anestesia. E foi aí que a parte mais triste do nascimento do Francisco começou.

Então aquele homem branco la que tinha me ofendido no pré-parto era o anestesista e ele começou a mexer na minha coluna procurando o ponto para aplicar a anestesia, só que eu sinto cocegas e ri explicando que eu sentia cocegas e mais uma vez ele grossamente e estupidamente disse para eu parar de rir e que aquilo não era brincadeira e continuou dizendo que aquela anestesia era perigosa e que ele não iria me aplicar o cateter porque eu estava sobrepeso e fechou o discurso falando assim: "ta vendo, quem manda estar assim, com sobrepeso. Tudo tem uma consequência."

Eu continuei na mesma posição que as enfermeiras haviam me deixado, mas comecei a chorar, totalmente magoada. Ele foi aplicando a anestesia e eu chorava ainda mais e não era de dor, porque ela não dói. O que  doeu mesmo foi ouvir aquelas palavras. Assim que a anestesia fez efeito (a anestesia pegou de primeira e o cara ficou até assustado), as enfermeiras me deitaram, colocaram aquela cortina na minha frente e eu tentei me acalmar.

Me encheram de aparelhos e o anestesista pediu para eu abrir meus braços sobre as braçadeiras que estavam ao meu lado (crucifixada) e disse mais uma vez em tom arrogante: " fica quieta que agora é com a gente". Como se eu pudesse me mover toda anestesiada e amarrada, que ideia desse homem ridículo.

Eu fechei meus olhos para não chorar e tentar ficar tranquila e ouvi alguém falar assim: pode começar a limpar. Caramba, sei que nessas horas a gente perde um pouco a noção do tempo, mas acho que com menos de 10 minutos, exatamente às 17:40h eu ouvi o chorinho do meu bebê pela primeira vez e pensei o porque eles não me mostravam logo a criança e em seguida escutei a Dr. Carla falar que ele estava com um nó apertado no cordão e que realmente tinha pouquíssimo líquido. Eu fiquei um pouco enjoada neste momento, mas me aplicaram algum remédio que logo aliviou.


E não demorou muito vieram me mostrar o Francisco. Eu o vi, achei lindo, vi o cabelo e pensei: vixi, vai ter cabelo ruim igual ao pai, olhei o narizinho dele e falei que parecia com o do pai. Contudo, não consegui me emocionar, não tive sentimento algum naquele momento, acho que foi porque eu estava magoada com o anestesista e com o hospital por não me permitir acompanhante.


No restante foi tudo em paz, dei mama por 2h quando ele chegou pra mim e eu toda anestesiada e aí sim foi lindo, chorei discretamente de emoção.

Meu morocho é um gatinho, cheio de saúde, lindo e manhoso e muito guloso!





3 comentários:

  1. nossa flor q coisa horrivel q fizeram com vc viu, não deixa impune não, processa o hospital e esse cara idiota pq isso não se faz com ninguem, se aproveitou de vc pq estava sozinha, qria ver ele falar com alguem junto de vc.
    Mas tirando essa parte ruim, seu bb é lindo D+, cabeludinho, uma graça de nenem.
    Curta muito seu baby. BJOKAS

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  2. Nossa! Que horror! Chega a ser desumano!

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Obrigada pela visita!!!!