Sabe quando o juízo está perturbado e a solidão bate e você não tem com quem conversar pra aliviar estes sentimentos? Pois é, o jeito é conversar sozinha em forma de palavras escritas, com o meu computador. Então... a solidão mais uma vez possuiu minha alma, a dor e a angustia vieram juntas e invadiram minha mente e meu coração.
Hoje passei o dia todo triste e me esforçando para dormir para esquecer as maldades que venho sofrendo, mas é impossível dormir quanto tudo isso fica martelando na mente. E eu só queria respeito e nada mais, só ser respeitada e tradada como um ser humano comum. Só que não é bem assim (e meu português e meu texto estão péssimos, me perdoa), eu sempre sou e estou sendo tratada como uma desigual, julgada e sendo apontada como a gorda, desempregada, irresponsável e sem juízo que não faz nada certo e nem sabe cuidar do próprio filho. Nossa, que tipo de pessoa sou eu? Por que sou tão ruim assim, o que faço de tão errado pra ser essa aberração e por que eu ainda existo?
Ficar ouvindo essas coisas o tempo todo magoa, na verdade acaba comigo. Ouvir sempre só criticas destrutivas me afunda ainda mais nas minhas descobertas sobre mim mesma, nestas minhas dúvidas sobre a minha personalidade e caráter e sobre o meu comportamento e papel como mãe. E eu fico perdida e nem sei mais distinguir quais destas palavras realmente são a realidade e quais são atiradas por preconceito, porque tudo me rasga por dentro, tudo me corrói.
E te digo que com isso é impossível confiar 100% nas pessoas, nem nas mais próximas e nem na que eu amo, nem na que gosto, nem na que quero bem. Porque ninguém me quer bem, ninguém me faz bem. E quem eu amo não me ama.
E meu coração aperta ainda mais porque não quero que meu bebê sinta esse sofrimento, não quero que ele receba essa carga negativa que me consome. Ele não merece isso, só merece todo amor e felicidade que eu me esforço pra que ele tenha em abundância e para que nunca falte.
Devido a essas coisas eu me recuso a pedir ajuda, porque eu sei que quem ler este meu desabafo só vai me criticar ainda mais, vai achar um absurdo e me chamar de exagerada ao invés de sair correndo para me dar colo. Por isso continuo me mantendo isolada, propositalmente antissocial.